#0011
DATA
27.05.2020
CATEGORIA
DETALK
D jornal WEB EDITION
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CRIAÇÃO
EQUIPA DETA
Em poucos dias a Pandemia mudou a forma como vivemos, nos relacionamos e consumimos. Durante o isolamento social, muitos de nós passaram dias a fio confinados em casa, as ruas ficaram desertas, os monumentos vazios de turistas, as lojas sem movimento… tudo isto, refletiu-se, sobretudo, em novos padrões de comportamento, mudanças estruturais em várias indústrias e na digitalização dos negócios.
Mais do que as mudanças imediatas no dia-a-dia que já todos nós sentimos, esta crise irá certamente provocar impactos e mudanças a longo prazo no nosso comportamento. E se já era quase um cliché dizer que “se as marcas não estão online é como se não existissem”, com as mudanças de hoje, as marcas que não embarcarem neste barco ficarão, inevitavelmente para trás. É então fundamental que as marcas entendam essas mudanças e se reposicionem num mundo pós Pandemia.
Se já antes da Covid-19 as compras online vinham a crescer e a ganhar terreno, daqui para a frente ganham ainda mais força. A tendência é que os consumidores se mantenham cada vez mais online e predispostos a fazerem as suas compras à distância. Se até aqui, muitas pessoas ainda não tinham experimentado fazer uma compra online, num cenário de isolamento social e sem lojas abertas, puderam experimentar fazê-lo, e o que podia ser até aqui um obstáculo, deixou de o ser.
Por isso, as marcas terão efetivamente de encontrar formas mais eficazes de acompanhar esta tendência e melhorar a sua comunicação e presença neste espaço virtual. A forma como mostram os seus produtos e os tornam atrativos para quem os quer comprar fará certamente a diferença na hora de o consumidor escolher entre uma ou outra marca.
Se por um lado assistimos à digitalização da economia, por outro, assistimos à valorização da produção local. Durante a crise, fomos convidados a apoiar a produção local, e é expectável que esta tendência se mantenha no pós Pandemia. Torna-se fundamental que as marcas percebam o que podem fazer para ajudar as comunidades onde estão inseridas e assim tornarem-se também elas mais responsáveis socialmente e mais comprometidas com as dificuldades que os consumidores estão de facto a sentir.
Esta crise provocou também mudanças no comportamento do consumidor em relação à saúde. A procura por artigos de higiene pessoal e de limpeza cresceu muito nos últimos meses e a obrigatoriedade do uso da máscara social fez também com que a procura e o consumo deste produto aumentasse consideravelmente. Fazer stock deste tipo de artigos passou a ser uma preocupação na mente dos consumidores. A produção e comercialização deste tipo de produtos deve fazer parte dos planos de algumas marcas, umas porque já estão nesta área de negócio, outras que decidam readaptar a sua produção.
Com a adoção generalizada ao home office, e o isolamento social que nos foi imposto, o consumidor passou a estar ainda mais tempo nos meios digitais e inevitavelmente mais predisposto a consumir também mais produtos digitais. Assistimos claramente a um aumento da procura por cursos/formações online, programas de entretenimento e de desenvolvimento pessoal. As marcas devem por isso, estar atentas e, sempre que possível, transformarem ou adaptarem os seus produtos/serviços para o formato digital, para não perderem esta corrida, e poderem gerar assim mais uma fonte de receita. Devem aproveitar esta oportunidade para criarem novas formas de contacto que acrescentem valor ao seu público, tornando-se assim mais relevantes e fazendo com que este se conecte ainda mais com a marca.
– Não deixe de estar atento às mudanças que vão ocorrendo no comportamento do consumidor, sejam elas impulsionadas por uma crise como a que agora vivemos, ou outro motivo, e seja proactivo;
– Não fique para trás no que toca à digitalização do seu negócio, mesmo que lhe pareça difícil ou impossível vender os seus produtos/serviços online, existem certamente formas de transformá-los e/ou adaptá-los para o meio digital;
– Construa um canal de comunicação online forte e aberto com os seus clientes;
– Demonstre o propósito da sua marca, vá para além da oferta de produtos e mostre-se verdadeiramente importando com o bem-estar e felicidade do seu consumidor. Só desta forma vai conseguir ganhar a sua confiança e torná-lo no seu fã.